Com a vigência do novo Estatuto, pela primeira vez em sua história, o CBC elegeria um presidente fora do Rio de Janeiro: Eurico da Silva Bastos. A partir daí iniciava-se uma nova fase rumo à nacionalização do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Segundo Renato Pacheco Filho, embora o CBC possuísse membros em diversos estados e tivesse montado a organização em capítulos desde 1941, alguns deles eram omissos e por vezes carentes de estímulo do Núcleo Central. Até a reforma estatutária de 1954 havia evidente discriminação entre os membros do Núcleo Central e os estaduais. A partir da nova reforma estatutária foi possível a participação ativa dos outros estados nas decisões de âmbito nacional do CBC.
Não houve por parte do Diretório Nacional nenhum apoio aos outros capítulos já constituídos, nem estímulo para a formação de novos, perdendo-se assim uma outra grande arrancada em nível nacional.
A primeira gestão nacional retomou a edição do Boletim do CBC – órgão oficial da entidade que não era publicado deste 1963. Além disso, houve o cuidado em fazer uma boa administração financeira e a realização de um grande número de cursos de atualização realizados na sede.
Em 17 de abril de 1968, o CBC recepcionava o famoso cirurgião Christian Barnard, em Sessão Conjunta realizada com a Escola Médica do Rio de Janeiro, pertencente à Universidade Gama Filho, no bairro de Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro.
O autor do primeiro transplante de coração recebeu das mãos do presidente em exercício do Colégio, Antonio Imbassahy de Mello, uma beca do CBC e o Diploma de Membro Honorário Estrangeiro, conferido aos cirurgiões estrangeiros cujos trabalhos significam contribuição original e notável ao conhecimento científico. Após a homenagem, Christian Barnard pronunciou uma conferência a respeito da técnica operatória empregada e os aspectos imunológicos, seguido de um debate coordenado pelo professor Euríclides Jesus Zerbini, de São Paulo, com a participação de Adib Jatene.