Por consenso geral só um nome estaria em condições de assumir a direção da entidade no momento de crise política com a renúncia do presidente Jorge de Moraes Grey: Rolando Monteiro. O novo Diretório já encontrara aprovado um acréscimo no Estatuto, criando o quadro de Membros Aspirantes, medida de grande importância para o rejuvenescimento do CBC.
Com apenas 272 membros em todo o país, a entidade precisava romper com o modelo existente desde a fundação para ter chance de crescer e sobreviver. Numerosos jovens cirurgiões, já com considerável experiência, aguardavam a abertura de vagas para ingressar na sociedade médica que representava a cirurgia brasileira.
Ainda no primeiro mês do mandato foi proposta a nova reforma do Estatuto, o que só poderia ser feito no mês de novembro, quando o Estatuto vigente completaria 10 anos. Foi ampliado o número de membros titulares de 100 para 150, o de colaboradores de 22 para 32 e os membros estaduais de 150 para 250, elevando o número total de membros, até o final do mandato, em 380.
O biênio de Rolando Monteiro também foi bastante produtivo para o intercâmbio científico-cultural, pois o CBC participou de importantes eventos realizados no exterior e recebeu personalidades da cirurgia mundial, que participaram de reuniões na entidade. A categoria de Membros Honorários Estrangeiros recebeu mais cinco integrantes e a de Membros Correspondentes 11.
A criação de uma sede própria que tivesse um único espaço para a administração e auditório foi bastante discutida pelo Diretório. Para isso foi formada uma Comissão de um projeto na Câmara legislativa do Distrito Federal autorizando a doação de um terreno no Centro do Rio de Janeiro para o CBC erguer a sua sede própria, além de auxílio financeiro do Governo. No entanto, a instabilidade política do país nesse período dificultou o andamento dos projetos.