Dos R$ 47,3 bilhões gastos com investimentos pelo Governo Federal em 2013, o Ministério da Saúde foi responsável por apenas 8,2% dessa quantia, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Dentre os órgãos do Executivo, a Saúde aparece em quinto lugar na lista de prioridades no chamado “gasto nobre”.
” Nos deixa realmente chocados a lista de prioridades do governo federal na alocação de recursos para investimento. Deixar a saude em quinto lugar em suas prioridades e investindo apenas 8% dos recursos na saude mostra a verdadeira face dos nossos governantes . Além de defendermos o aumento de verbas para a saude devemos ficar atentos para que esses recursos cheguem efetivamente ao paciente e nao se percam no labirinto de repasses para os governos estaduais e municipais que muitas vezes os utilizam em obras e compras superfaturadas ou investindo-as em outros setores de acordo com a conveniência política do momento”, informa o Diretor do Departamento de Defesa Profissional do CBC ( DEPRO-CBC), TCBC Elias Jirjoss Ilias.
Com base em dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o CFM revela em detalhes os resultados da falta de qualidade da gestão financeira em saúde. Do total de R$ 9,4 bilhões disponíveis para investimentos em unidades de saúde em 2013, o governo desembolsou somente R$ 3,9 bilhões, incluindo os restos a pagar quitados (compromissos assumidos em anos anteriores rolados para os exercícios seguintes). Os valores foram bem inferiores aos investimentos dos Transportes (R$ 11 bilhões), Defesa (R$ 8,8 bilhões), Educação (R$ 7,6 bilhões) e Integração Nacional (R$ 4,4 bilhões).
Veja o levantamento do CFM na íntegra